Cooperação internacional reforça pesquisa em sistemas agrícolas e florestais

19/02/2011 09:29

 

 

Cooperação internacional reforça pesquisa em sistemas agrícolas e florestais:
Créditos: EmbrapaA Embrapa Monitoramento por Satélite, sediada em Campinas (SP), receberá a partir de maio de 2011 um nome de peso para a pesquisa em sustentabilidade de sistemas agricolas e florestais. Trata-se de Michael Keller, cientista do Serviço Florestal Americano (US Forest Service), órgão vinculado ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que ficará no Brasil por um período de dois a quatro anos.

 

Ele deverá colaborar em projetos ligados a temas de relevância para a pesquisa agropecuária brasileira, tais como Redução de Emissões de Desmatamento e Degradação Florestal (REDD), emissão de gases de efeito estufa pela agropecuária e aplicação de técnicas de sensoriamento remoto em sistemas agrícolas e florestais.

Para o chefe-geral da Embrapa Monitoramento por Satélite, Mateus Batistella, a vinda de um pesquisador como Michael Keller, tão experiente na coordenação de grandes programas de pesquisa internacionais, representa uma importante oportunidade de intercâmbio não só para a Embrapa, mas para a ciência no Brasil.

"A expectativa é que a experiência contribua para o fortalecimento da equipe da Embrapa Monitoramento por Satélite e que ele atue como um forte agente de colaboração também entre unidades da Empresa", ressalta Batistella.

Atualmente, Michael Keller coordena o projeto Sustainable Landscapes (Paisagens Sustentáveis), financiado pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que envolve vários parceiros no Brasil, desde o Serviço Florestal Brasileiro (SFB), universidades, diferentes centros da Embrapa e instituições governamentais e não governamentais. O projeto deverá utilizar dados de sensoriamento remoto e de campo e dará subsídios para outras iniciativas de pesquisa da Embrapa.

LABEX INVERTIDO

A vinda de Keller ao Brasil foi articulada no âmbito de um novo formato de cooperação internacional da Embrapa denominado Labex Invertido. Estabelecido recentemente, ele viabilizará a vinda de cientistas americanos para trabalhar em cooperação com as equipes de pesquisadores da Empresa, nos mesmos moldes que o programa original Embrapa Labex faz com instituições no exterior.

A adesão do US Forest Service à iniciativa do Labex Invertido ocorreu a partir de uma conjunção de fatores. Por um lado, havia um forte histórico de trabalho conjunto entre o chefe da Embrapa Monitoramento por Satélite, Mateus Batistella, e Michael Keller no programa internacional LBA - Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia.

De outro lado, havia a atuação conjunta do programa Labex EUA com o Forest Service, por intermédio dos estudos em manejo florestal realizados pelo pesquisador da Embrapa Marcus Vinicio D’Oliveira entre 2008 e 2010, com o apoio da especialista internacional daquela instituição, Michelle Zweede.

Essas duas circunstâncias foram fundamentais para a consolidação da iniciativa sob os aspectos profissional e institucional. Além disso, a vinda de Michael Keller ao Brasil esta sendo financiada pela USAID.

De acordo com o coordenador do Labex Estados Unidos, Ladislau Martin Neto, o Labex Invertido representa uma iniciativa pioneira por parte da Embrapa, após mais de 12 anos de atuação nos Estados Unidos realizando pesquisa de ponta em áreas estratégicas para o Brasil junto com pesquisadores americanos. Soma-se a isso as articulações pontuais da Empresa alem do Programa Labex.

"Desta vez, são os pesquisadores americanos que vêm trabalhar com a gente, sempre num esforço de cooperação mútua. Essa nova realidade se deve ao reconhecimento da qualidade dos pesquisadores e das pesquisas desenvolvidas na Embrapa. Alem disso, a pesquisa florestal no Brasil possui forte apelo devido a Floresta Amazonica, bem como ao imenso potencial de crescimento de florestas plantadas".

QUEM É MICHAEL KELLER

Formado em geologia e com grande conhecimento no uso do sensoriamento remoto voltado para ecossistemas florestais, Michael Keller já possui experiência em trabalhos de cooperação com pesquisadores e instituições brasileiros. Durante dez anos, foi o coordenador por parte da Nasa, a agência espacial americana, do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia. O projeto, encabeçado pelo governo do Brasil, foi co-patrocinado por várias instituições internacionais e integrou cerca de dois mil cientistas brasileiros e estrangeiros, entre eles pesquisadores da Embrapa.

Ainda no Brasil, Keller foi pesquisador visitante por dois anos do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena), da Universidade de São Paulo (USP). Em 2010, atuou como cientista-chefe da equipe responsável pelo planejamento de uma das maiores redes de observatórios ecológicos do mundo. A Neon - National Ecological Observatory Network - foi projetada com o objetivo de reunir dados de experimentos e de observações ecológicas e climáticas feitas em todo o território americano, em uma escala continental e gerando dados de longo prazo. Financiada pela National Science Foundation (NSF), a rede deve ter a implantação iniciada em 2011.

FONTE

Embrapa Monitoramento por Satélite
Graziela Gallinari – Jornalista
Telefone: (19) 3211-6200 - Ramal 6214

 

 


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